Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa (Livro de Artista) 2016


“Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa” contém uma série de páginas feitas a partir de colagens, desenhos, apropriações de fragmentos riscados, cortados e encaixados entre si, algumas destas páginas serviram também para um projecto de arte postal intitulado “Excavations” que de remete de certa forma para o seu esboço de argumentos,, acrescentando apenas a explicação inerente à própria frase do título deste livro de capa preta: "uma", artigo indefinido; "outra", pronome adjunto indefinido; "é", forma do verbo ser, copulativo e de significação indefinida; e "coisa", de significação imprecisa e subentendendo tudo o que quisermos. 
Texto: Cristina de OAlves (Madame Zine)

Técnica/Materiais: Capapreta caderno Winsor & Newton, jornais, recortes, colagens, desenhos, impressões em fotocópia, carimbos.

Recortes de Fragmentos das Cit-ações (Livro de Artista) 2013-21016








































Ler um texto ou uma imagem, pensá-los, explaná-los, são exercícios de associação, de cruzamento de ideias e de memórias, de modo consciente ou inconsciente apropriamo-nos dos sentidos por eles convocados e extraímos deles os focos de atenção ora provocados ora provocadores. Não sei se haverá algo de novo em nós a não ser nós mesmos, e mesmo assim até isso é passível de ser conjeturado se atendermos aos factores genéticos, ao ADN, às heranças culturais, e a todas as hereditariedades do ser e do fazer. O que haverá de novo aqui, nestes cadernos-livro inseridos em capas vermelhas, são exercícios de aprendizagem, são construções singulares feitas de pequenos recortes, de fragmentos e de citações, conferindo-lhes um outro significado. “A apropriação artística pode a princípio ser pensada como uma prática para endossar a corrente que afirma que a autoria na arte é uma noção ultrapassada ou equivocada. (…) a apropriação reside no fato de que os artistas vêm propor algum novo sentido ou tornar possível uma nova leitura a partir da obra escolhida para então assim tornar seu trabalho legítimo de alguma forma.” Da mesma maneira que quando as citações teóricas passam a ser uma acção dá-se muitas vezes a perda do nome do autor porque a sua identidade passa a ser de quem as coloca em prática e não de quem as teoriza. 
Texto: Cristina de OAlves (Madame Zine)

Técnica/Materiais: Capas vermelhas Moleskine, jornais, recortes, colagens, desenhos, impressões em fotocópia, carimbos.

Exposição "fragmentos..." momento II - curadoria Cristina de OAlves| 2016 | Museu do Papel, Rua Rio Maior nº 301, Paços de Brandão

Livros de fragmentos, de textos feitos de textos, de pedaços de vida pensada, de excertos de corpos e de teorias, livros  cartográficos, onde o rumo, eu diria plural, são momentos de pausa, de iluminação sobre as distâncias e as proximidades, livros que não sei o que serão, onde param mas vêm ao nosso encontro e/ou que nos aguardam. Será assim que vamos descobrir os objectos imaginados livros desta exposição, os livros retalhos, os livros que não são livros, os livros páginas, desenhos, fotografias, os únicos, os reproduzidos, os livros dos artistas, os livros de artista… os que se repetem, os irrepetíveis, os conhecidos, os desconhecidos, os que reconheceremos.      
Curadoria de Cristina de OAlves

Seleção de Artistas: André Alves; André Sousa; Bárbara Rocha; Bruno Castro; Daniel Moreira e Rita Castro Neves; Do Carmo Vieira; Eduardo Sama; Filipe Felizardo; José Rosinhas; Madame Zine; Manuel Santos Maia; Nuno Gandra; Pedro Simões; Rita Roque e Isabel Aguiar; Rui Neto; Sara Roccio; Sílvia Simões; Sofia Meira; Walter Almeida; Excavations Project; Projeto Luz em Flash; Projeto Memórias-Metamorfoses; TicketBooks Project

           18 Junho a 20 Julho 2016 - Museu do Papel, Paços de Brandão






Projeto Luz em Flash, “Páginas soltas de Luz em Flash” | 2015
Obras:
Bruno Castro, “Não digas nada… ou atreve-te a dizer de uma outra forma!” | 2016
Filipe Felizardo, "O SUBTRAÍDO À VISTA" | 2015
José Rosinhas, “Sem título” | c. 1992
João Batista,“Ideas” | 2015
Madame Zine, “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.” | 2016
Daniel Moreira e Rita Castro Neves, “Laking” | 2016
Do Carmo Vieira, “No Jornal” | 2013
Eduardo Sama, “Belles de Jour” | 2015
Madame Zine, “Recortes de Fragmentos das Cit-ações” | 2013-21016 
Nuno Gandra, "Noone- A história de um dia" | 2014
Pedro Simões, “e dia como hoje ou”| 2014
Rita Roque e Isabel Aguiar, Atlas” | 2015
Rui Neto, O espaço entre as coisas(Diário Gráfico) | 2013 & “Interstícios Urbanos” (Diário Gráfico) | 2009 
Sílvia Simões, “Vazia” | 2013
Sofia Meira, “Letras em vias de extinção” | 2014
Sara Roccio, “Hidden”|  2015
Bárbara Rocha, AgoraDepoisAntes” | 2011
Manuel Santos Maia, “Antes Robert Schumann SONATE“ | 2016
Walter Almeida, “Cara Chapada, Cuspida E Escarrada” | 2016
Projeto Memórias-Metamorfoses, “METAMORFOSES” | 2016


TicketBooks Project, Livro de notas e recados” | 2016 
Excavations Project, “Excavations #2” | 2015