São livros/cadernos relacionados com memórias a partir de pequenas referências à linguagem em sentido amplo que pode ser invisível e visível: representando o que somos e as palavras de afeição, de uso particular, de referências, de inclusão e exclusão, etc.. Enquanto relação com o que nos identifica, enquanto pessoas subjetivas, sociais, emocionais, históricos, geográficos, etc. de pertença e ausência de um eu como modos de ser e estar com os outros.
Portugal, país que não sendo onde nasci é o lugar onde cresci e
habito, até à data e desde os meus 4 anos de idade, é o epicentro geográfico
desta coleção. É o lugar de encontros e desencontros que escolhi para trabalhar
sobre estes livros. Assim, não sendo sobre "a língua portuguesa", os
diversos cadernos que vão surgir trazem implicada e explicitada a relação de
outras línguas com a língua portuguesa. Não são cadernos de caráter científico
e de estudo da língua. São cadernos de expressão emocional, de vivências e de
modos de falar, escrever e conviver com a língua.
Ser_ palavra
a palavra tida como o sentido do eu que emana da língua de todos,
o dizer da matriz da linguagem, a faculdade de falar, o som da língua, o
vocábulo escrito, o compromisso.
a palavra como a consciência adquirida - do elo de comunicação com
os outros - que nos identifica e nos integra;
como representação e assunção inconsciente dos indivíduos
singulares e em simultâneo de um coletivo do qual se sentem parte;
a palavra entre outros elementos culturais do que é ser humano, e
cuja força é exponencial numa sociedade de informação/comunicação, é
considerada a expressão do que somos.
sobre fundo branco
surge como um subtítulo da colecção Ser-Palavra, nem por isso menos importante, e visa criar a dúvida entre a analogia entre um "álbum de memórias" familiar e pessoal e um livro de histórias de ficção documental, em que a palavra "diz o sujeito" e ao mesmo tempo o coloca entre outros tantos sujeitos.
surge como um subtítulo da colecção Ser-Palavra, nem por isso menos importante, e visa criar a dúvida entre a analogia entre um "álbum de memórias" familiar e pessoal e um livro de histórias de ficção documental, em que a palavra "diz o sujeito" e ao mesmo tempo o coloca entre outros tantos sujeitos.
©ristina de oalves